Neta sexta-feira, dia 28, o mandato do vereador Leonardo Giordano realizou, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, uma cerimônia que homenageou o centenário de Abdias do Nascimento, jornalista, ex-senador da República e ativista do movimento negro, que contribuiu de forma relevante para a defesa dos direitos civis e humanos dos afrodescendentes do Brasil.

Autor de leis que valorizam a cultura afro-brasileira – declarando a Capoeira, a Umbanda e o Candomblé como Patrimônios Culturais Imateriais de Niterói -, Leonardo Giordano destacou que Abdias do Nascimento foi um agente cultural importante e grande lutador do povo negro brasileiro.

“Fico honrado em homenagear um ícone de tudo o que a gente sonha e acredita. Abdias é um símbolo histórico da luta política geral do Brasil. Foi um patriota, porque ele fez o bom combate, justamente nos momentos mais difíceis. Creio que a disputa cultural é a disputa pela significação e das coisas. Temos de honrar a memória desse personagem. A Câmara sai mais engrandecida com esta iniciativa” – disse o parlamentar, que preside a Comissão de Cultura, Comunicação e Patrimônio Histórico da Casa.

A mulher de Abdias, Elisa Larkin Nascimento, foi homenageada pelo vereador com uma Moção de Congratulações e Aplausos in Memoriam. O documento reconhece a história militante do ativista negro, no enfrentamento ao racismo no Brasil.

“Muito obrigada pela homenagem, que muito me emociona. Como político e ativista, Abdias fazia questão de enfatizar suas raízes. Quando parlamentar, na abertura das sessões plenárias, às vezes ele era chamado para fazer a leitura inaugural do texto bíblico, mas ao invés de mencionar Deus, ele dizia: ‘sob a proteção de Olorun, iniciamos esta sessão'” – destacou Elisa, que é diretora do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros.

Comandada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas, Continentino Porto, a sessão solene contou ainda com as presenças dos jornalistas e militantes do movimento negro, Gentil Lima, Célio Junge, Gilberto Cunha, Patrícia Lacerda, Iris Agatha, Marcos Romão e Fernando Paulino; do presidente do Conselho de Igualdade Racial de Niterói, Joaquim Jorge; da escritora e poeta Patrícia Custódio, gestora do Ponto de Cultura Percursos Culturais, em Maricá; e do representante do Ministério da Cultura nas regiões do Rio de Janeiro e Espirito Santo, Fábio Lima.