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História e geografia de Niterói podem ser ensinadas nas escolas

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Giordano quer incluir as disciplinas no currículo das escolas para garantir a preservação de histórias como a da Aldeia Imbuhy, onde foi bordada a primeira bandeira nacional

Através da Indicação Legislativa 1167/2015, o vereador Leonardo Giordano quer incluir a história e a geografia de Niterói na grade de ensino das escolas. O objetivo da proposta é resguardar a memória da cidade construída através de histórias como a da Aldeia Imbuhy, em Jurujuba, onde foi bordada a primeira bandeira nacional.

“Niterói tem uma riqueza de informações que merece estar dentro de nossas salas de aula e é por isso que solicitamos ao Poder Executivo que inicie um programa de inclusão das especificidades da cidade na grade curricular das escolas”, justifica o parlamentar.

Giordano preside, na Câmara Municipal, a Comissão de Cultura, Comunicação e Patrimônio Histórico, e vem elaborando uma série de políticas públicas que valorizam o patrimônio cultural, material e imaterial, da cidade.

Seu mandato tombou, através de lei, o Grupo Diversidade Niterói (GDN), o Candomblé, a Umbanda, a Capoeira, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a Aldeia Imbuhy.

Aldeia Imbuhy

A Aldeia Imbuhy teve importante papel na história do Brasil. Foi lá que a primeira bandeira nacional foi bordada, pela matriarca da comunidade, Dona Flora Simas de Carvalho, conhecida como Dona Iaiá, e cujos descendentes constituem hoje quase a metade dos habitantes. O resultado do trabalho foi hasteado no dia 19 de novembro de 1889, data que ficou estabelecida como o Dia da Bandeira.

Em maio deste ano, a Aldeia e todo o seu conjunto arquitetônico, paisagístico, histórico e etnográfico foi tombada pelo mandato do vereador Leonardo Giordano. A Lei 3040/15 constitui elemento importante na luta pela permanência dos moradores no local. Há anos, eles travam uma verdadeira batalha com o exército brasileiro pelo direito de permanecerem morando dentro do Forte Imbuhy, que, segundo relatos, foi construído após a chegada dos aldeões.

“As famílias do Imbuhy descendem de pescadores que estão no local há mais de cem anos, tendo servido, inclusive, como olheiros da costa. É um desrespeito à tradição da comunidade tirá-los de lá. Vamos seguir na lutar pela manutenção da posse destes moradores nas suas terras”, explica Giordano.

Em junho, três das 32 famílias do Imbuhy foram removidas e tiveram suas casas demolidas pelo exército, que, segundo os moradores, quer utilizar a área para finalidades turísticas, o que acontece desde a década de 90.

Giordano vem buscando, junto aos moradores, a Prefeitura de Niterói e o Ministério da Defesa, uma solução para preservar as famílias do Imbuhy no local e, assim, resguardar a memória e a sobrevivência da tradicional colônia de pescadores.

 

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